sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O Efeito Malandragem e o Crime 1.0

Quando o Efeito Malandragem ocorre em determinado momento numa sociedade qualquer. Ou melhor, entre quaisquer elementos, seres, do reino animal ou ainda entre relações de um ou mais seres do reino animal com um ou mais seres dos reinos: Vegetal; Mineral e Hominal, (gostaria de incluir esse reino citado pela doutrina espírita, mas talvez esteja me adiantando, visto que o estudo das doutrinas como modo para evitar o efeito malandragem, tal um meio de imolação perversa entre os seres, é um assunto complexo e que mesmo estudando uma vida toda não sei se serei capaz de responder, mas como a minha teoria sugere isso talvez já tenha sido respondido. Espero que você leitor entenda, você que acha que muitas perguntas não têm uma resposta cientificamente plausível, talvez seja porque você ainda não tenha tido acesso a essa resposta, por meio da simples leitura de um livro, texto, tese ou de qualquer outro modo de divulgação de conhecimento mais moderno).

Vou dar dois exemplos que vão lhe parecer completamente malucos à primeira vista, (e talvez até à outras vistas).

Um homem entra na floresta, ele sem saber sai cometendo vários crimes enquanto anda por entre as árvores, mas que crimes? Perguntariam os mais afoitos, quando ele pisa numa pequena entrada de um formigueiro e destrói a entrada soterrando as formigas naquela entrada, (pelo que sei tem mais de uma), quando você aplicar a óptica ou cosmovisão, por mim podem chamar do que quiserem, desde que entendam como funciona, do Efeito Malandragem a essa situação em questão verão que se trata de um crime, mas prosseguiremos com esta singela parábola. Ele caminha pela floresta e até agora todos os seres que ele perturbou não revidaram a altura de sua invasão porque não tiveram tempo de reagir ou sua reação não chegou a perturbar o homem. Então ele chega até o território de uns gorilas e desconhecendo que invadirá a sua casa e cometera um crime grave segundo as leis daquela sociedade. É atacado e morto pelos gorilas. Alguns podem dizer então que os gorilas cometeram um crime ao matarem um homem, um humano, um ser superior perante Deus. Um cão raivoso ataca um ser humano e logo é sacrificado porque cometeu um crime. Mas, segundo o efeito malandragem, um crime, mas sutil foi cometido antes, esse cachorro pode muito bem ter sido abandonado, e abandonar um ser cujo guarda e proteção lhe cabia também não é crime. Então, agora numa tentativa louca de amarrar tudo o que disse acima, para a sociedade dos homens as leis que são criadas para combater os crimes, apenas punem o crime final, o criminoso do ato mais visível. As conseqüências de todos os outros crimes que levaram a este último ficarão de fora do rigor de sua lei e as sociedades e os seres continuaram se imolando mutuamente.

Com isso espero estar tendo argumentos para provar, ainda que no campo das especulações e das idéias, que o Efeito Malandragem acontece não apenas na relação do homem com o homem, mas também entre o homem e outros seres. “Todos nós somos vítimas e causadores do efeito malandragem”. O homem quando entrou na floresta e usou da sua posição de soberba para imolar outros seres até que surgiu um ser maior e mais forte que ele e o matou. Ele foi malandro até encontrar alguém mais forte que ele e os parentes daquele homem que viram o que aconteceu logo intuíram que não se deve andar no território dos outros seres, só que a malandragem, que é inata ao homem e não ao irascível animal, já lhe diz que apenas a animais daquele porte não deverá este homem primitivo desrespeitar-lhe o território. Então ao aplicar o efeito malandragem numa sociedade que não o permitira, esse efeito volta para o homem e no caso da parábola a conseqüência foi mortal. Qualquer semelhança com fatos e países reais não terá sido coincidência, acho que na China eles fuzilam os corruptos, não?

Por isso a minha intenção de chamar de “efeito” o que antes muitas vezes até puerilmente era chamando de apenas “malandragem”, dentro dessa teoria não existe malandragem pura e simples, ela é sempre uma conseqüência de uma outra malandragem. E esta primeira malandragem sempre vira do malandro que detiver maior poder e influencia sobre os demais.

A malandragem e a corrupção são intrínsecas. Todo corrupto é um malandro e todo malandro é corruptível. No que diz respeito à definição de malandragem encontrada em dicionários, livros e sites. Ela sempre aparece como uma como uma força vinda de classes menos favorecidas e ainda como único meio de obter justiça em sociedades muito exclusivas. Ora isso apesar de dar alguns detalhes sobre o que é a malandragem é extremamente preconceituoso, etnocêntrico. Mas também explica muita coisa, por exemplo, ate hoje as pessoas que escrevem livros, jornais, panfletos etc. Detém certo poder, (e sim, o poder corrompe e nos torna malandros), escreve para alguém ler. No passado as pessoas que sabiam ler eram via de regra das classes, castas ou o que quer que houvesse, mais abastadas. Logo é fácil de imaginar que os escritores escreviam para essas pessoas, (salvo raras exceções), então a princípio você não iria escrever ofendendo os seus leitores, logo é por isso que sempre a malandragem aparecerá nos livros como uma atitude dos menos favorecidos.

Contudo a malandragem não surge entre os mais pobres. Ela reflete apenas uma outra malandragem que os ricos usam como modo de segregar os que não são do seu meio. E para garantir para os seus que a posição deles e sua riqueza sempre serão mantidas aconteça o que acontecer. Qualquer semelhança com os filhos de poderosos que nunca são punidos quando comentem crime aqui no Brasil, (não é privilegio nosso), também não é coincidência. Os ricos sempre protegem os seus, e no caso do Brasil em que as instituições estão nas mãos deles. Eles as usam ao seu bel e ao mesmo tempo vil prazer. Então isso cria um redemoinho de imolações de conseqüências desastrosas para qualquer sociedade.